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01 maio, 2006

Razão

"Algures na tarde
Há um fumo que arde
No sangue de dois faladores.

Discutem, agitam,
E, com o que gritam
Atraem mais espectadores.

Têm raiva nos dentes
E fogo no olhar
Atiram serpentes
De fúria, ao falar!

Perguntam à toa,
Respondem que não
E, mesmo que doa,
Hão-de ter
A razão,
A razão!

Com frases alheias
Defendem ideias
Que ouviram alguém defender.
Arriscam a fé
E enganam até,
Se sentirem que podem vencer.

E não buscam a Verdade,
Que é isso, afinal?
Viva a tempestade,
Mentir não faz mal!

Avançam nos gritos
Talvez frustação
E por ditos não ditos
Lá têm
A razão,
A razaão!

E uma criança sem tempo
Aproximou-se atrevida...
E tem na frente o exemplo
Do que é ser gente crescida!

Afasta-te já
Não demores por cá,
Tu não ouves, não olhas, não vês!
Tu és simples e justa
Ai eu sei quanto custa
Tentar aprender os porquês...

Tu és vida e bonança
Depois do furor,
És sol de esperança
Dalgum sonhador.
Sorris na beleza da tua ilusão,
Tu tens a pureza
De não
Ter razão,
Ter razão!

Eu invejo o sorriso
Que agora te vi,
Criança, eu preciso
Lembrar-me de ti!

Na vida tão escura
Tens luzes na mão:
O Sonho,
A Ternura,
O Amor,
...a Razão!"